Em junho deste ano, a editora Teodolito publicou “Jacarandá”, um romance do autor português Francisco Duarte Mangas, que decorre no início dos anos quarenta, “um dos períodos de maior crueldade do fascismo português”, e que parte de um facto real: o assassinato de um proprietário e capitalista na Rua do Bonjardim, no Porto. “Um crime alegadamente mal esclarecido, que a polícia política se apressou “a atribuir a um “grupo de malfeitores” comunistas e a três galegos, refugiados rojos da guerra civil de Espanha”.

Nesta história “do medo, da clandestinidade política, de afetos e traições” são levantadas duas questões: quem foram os autores do “Crime do Bonjardim”? Por que desapareceu o processo, julgado em Tribunal Militar Especial Político, do Arquivo Histórico Militar?

Sem dispensar a leitura do livro, estamos, para já, em condições de responder à segunda questão: O PROCESSO ESTÁ AQUI. No Arquivo Distrital do Porto. Com restrições de comunicabilidade, impostas pela Lei em vigor, mas salvaguardado pelo mesmo serviço que custodia parte considerável da memória e direitos do distrito do Porto, e que preserva, entre muitos outros, o fundo do Tribunal Plenário do Porto.

Referência do processo: PT/ADPRT/JUD/TPPRT/044/00001 (5 volumes e 3 apensos. Aprox. 1575 fls)

Porto, 6 de outubro de 2015

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